Meus dias em Trípoli, na Líbia

Em 2006 eu ainda trabalhava de comissário na Emirates e começamos a voar para Trípoli, na Líbia. Em um mês, fui três vezes para lá. Em uma delas, fiquei três dias na capital do Coronel Gaddafi. Nas outras, apenas 24 horas.

Dos países para onde voávamos, a Líbia era o único que confiscava nossos passaportes no aeroporto. Chegávamos, entregávamos os documentos para os policiais, que ficavam horas colocando informações em um computador muito velho. Nós ficávamos em uma sala de espera, de pé, sem poder conversar nem tirar fotos dos enormes painéis com imagens do Gaddafi.

ele está por todos os lados

No caminho para o hotel, ganhávamos dinheiro local, para gastar com alimentação durante a estadia. Uma guia bem jovem e bacana nos ia explicando sobre o país, dando risada e contando piadas. O hotel era um show, o Corinthia Bab Africa, um arranha-céu em frente ao Mediterrâneo. Na época era o único hotel 5 estrelas de Trípoli e o bom é que ficava ao lado da Medina, a cidade velha.

o hotel

vista do apartamento

O pessoal da Emirates pedia para a gente não sair do hotel, ou, se fosse o caso, sairmos em grupos. Houve histórias de gente que teve sequestros relâmpago e foram deixadas no meio do deserto, no subúrbio da cidade, sem dinheiro. Bem, eu não queria chegar em uma das cidades mais exóticas, em um dos países mais fechados da África e ficar vendo CNN no quarto do hotel. Convidei alguns dos outros comissários e fomos explorar a cidade.

Como quase não havia turistas na Líbia, não há assédio nos mercados e lojinhas. Quem já foi para o Marrocos ou Istanbul sabe bem como é chato o povo que fica querendo te vender de tudo. Pois em Tripoli, não. Por outro lado, parecia até que os locais tinham medo de chegar perto dos estrangeiros, sendo que muitos dos meus colegas estavam falando em árabe.

ruelas da cidade antiga

edifícios do World Trade Center de Trípoli

O melhor da viagem foi uma excursão que fizemos para Leptis Magna, um conjunto de ruínas romanas super bem preservado, na beira do mar azul. Alugamos uma Kombi e fomos cantarolando músicas populares libanesas, parando para tomar café e chá nas bibocas da estrada, até chegarmos a Leptis, a mais ou menos uma hora e meia da capital.

O mais impressionante foi notar a quantidade de praias lindas e inexploradas ao longo da costa! E as ruínas, realmente, estão em um ótimo estado (ou estavam, antes do bombardeio da Otan). Outra coisa ótima também foi o restaurante marroquino do hotel, onde tota a high society de Tripoli vinha ver se ser visto. Fui com um amigo de Abu Dhabi e ficamos hora batendo papo furado, vendo Tripoli e imaginando o que seria daquele país nos próximos anos.

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Viajar para poder contar…

Fernanda e seu marido, Fhabyo, nos mares da Croácia. Segundo ela, não há no mundo água do mar mais transparente do que no Adriático.

Sabem porque os guias de viagem da Pulp são tão bons? Porque estamos constantemente “na estrada” testando, visitando, conhecendo e trazendo para nossos leitores o que há de mais novo e interessante. Quem pôde ir a Nova York com o guia Minha Nova York, da Didi Wagner, com certeza conheceu e experimentou uma cidade cheia de lugares incríveis. A Fernanda esteve na Croácia há 15 dias e voltou com muita novidade sobre este destino que está cada vez mais na moda. A Patricia foi com os filhos para Londres e Paris, para poder continuar contando para as pessoas como é viajar com os filhos (sem enlouquecer, claro). – veja o post no blog dela –

Patricia com os filhos no 3º andar da Torre Eiffel.

O Vicente e a Vanessa estiveram em Foz do Iguaçu para ver de perto o Parque Nacional do Iguaçu. Fiquem alertas pois dali vem novidade! :-) Na volta, ele foi para Nova York ver de perto as dicas da Didi Wagner. Fez tanta coisa que chegou à conclusão que um livro Nova York de Cinema pode ser feito, já que o Europa de Cinema fez tanto sucesso.

Vicente e Vanessa nas Cataratas do Iguaçu. Novos projetos no horizonte...

 

Essa é a Nova York do Vicente!

Sábado, dia do prazer

Sou um viciado em doces. Por isso limitei o meu consumo de delícias para os sábados. Passo a semana planejando o que vou escolher para me deliciar no final de semana.

Hoje era dia do sorvete de chocolate DOC da Diletto. Tem para vender no Restaurante Garbanzo, na Alberto Bolliger, na Tienda da Praça Espanha e na Prestinaria, ao lado do Angeloni. Como tinha que comprar dois presentes de casamento, fui na Tienda. Só que antes de entrar na loja, fui visitar a Cupcake Company, recém inaugurada, na Saldanha Marinho, perto do Tartine e da Voss.

A logo do lugar é bonitinha e os cupcakes também. Ainda falta charme ao lugar. Faltam sofás confortáveis, quadros legais na parede, uma música ambiente, luz mais intimista, enfim, charme. Mas o display de cupcakes é o máximo. Comprei quatro, que vieram numa caixinha de papelão bem feita. Brigadeiro, Lemon e dois de Cherry on Top! Cada um custa R$ 4,50.

Levei-os de presente para a minha avó e como ela não come muita coisa (tadinha, tem 96 anos), fui eu quem se lambuzou com os cupcakes. Comi dois, o de brigadeiro com nozes e o cherry on top. MUITO bons, ainda mais com uma xícara de café Nespresso na casa da minha avó.

Espero que o lugar faça bastante sucesso e que os donos deem um pouco de vida ao ambiente, já que fica aberto até as 19:00 durante a semana.

www.cupcakecompany.com.br

Vicente

15 minutos em Amsterdam

Voei para Dubai com a KLM, fazendo escala em Amsterdam. Entre a chegada do vôo de São Paulo e a saída do seguinte para Dubai eu tinha três horas em trânsito. Resolvi estrear as páginas de meu passaporte novo com um carimbo de Schiphol – Amsterdam e ir até o centro da cidade.

Tive exatamente 15 minutos para percorrer o caminho entre Amsterdam Centraal, a estação de trem, e a praça Dam. Fazia frio, eu estava cansado e, se fumasse um baseado no coffee shop, eu acabaria perdendo o vôo.

De malas prontas outra vez

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Já que viajar é preciso, aproveitei os dias de folga do Carnaval para marcar uma viagem que preferi adiar por muito tempo. Dubai! Desde que saí de lá e voltei a morar no Brasil que eu não piso na Península Arábica. Sinto saudades da vida “fácil” e cheia de “mordomias” que eu tinha por lá. Por outro lado, sabia que quanto mais eu esperasse, mais diferente o lugar iria estar.

Então no final de semana eu embarco para Dubai. Vai ser interessante poder comparar o que o lugar era em 2003 quando eu cheguei, 2006 quando eu voltei para o Brasil e 2009, o presente. Estou curioso. Quando voltar quero fazer um post com as fotos e contar as histórias da viagem. Vou ficar na casa de vários amigos diferentes.

Maasalama!

Formando opiniões

Continuo aproveitando os finais-de-semana para submergir no mundo da literatura e do cinema. Hábitos totalmente antissociais mas que me dão intenso prazer. Na sexta-feira resolvi “matar” a academia e ir assistir ao “Leitor”. Recomendo o filme com 5 estrelas. Primeiro por se tratar de uma história onde valores morais, certo, errado, destino, culpa são os protagonistas. O que você teria feito no lugar do aspirante a advogado? Gosto de histórias que falam de ações que tomamos (ou deixamos de tomar) e que causam consequências em nossas vidas e concordo com a máxima de que é melhor nos arrependermos por algo feito do que por algo não feito. Em seguida vêm as atuações de Kate Winslet, como Hanna Schmitz, e Ralph Fiennes, como Michael Berg adulto.

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No sábado eu fui a uma festa de aniversário em Caiobá. Era grito de carnaval e um ano de minha “sobrinha”. Duas coisas que eu não gosto, juntas (bebês e carnaval). Comi uns 9 cachorros-quente e vários pasteizinhos e voltei para Curitiba antes de anoitecer pois minha tia, que foi comigo, queria ver o noivado do Caminho das Índias. Por sorte, assim tive tempo de ir assistir ao Benjamin Button.

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Outro filme ótimo, que me fez pensar muito em como levar a vida. Como envelhecer. Como olhar para cada dia e tentar tirar o melhor dele. Chorei no final. Sou um pouco manteiga-derretida no cinema, mas as lágrimas valeram à pena. Cada um de nós é responsável por ser feliz e ir atrás do que quer. E todos vamos para o mesmo lugar: a morte. Uns mais felizes do que outros. E me veio uma pergunta interessante: O que você quer ser quando morrer? Um cineasta? Um escritor? Uma dançarina? Apenas mais um?

E para coroar os questionamentos e dúvidas existencias, eu finalmente assisti ao Zeitgeist. O DVD estava na minha mesa desde o ano passado. Um aluno da Patrícia deu para ela assistir. Ela me falou que o filme era meio estranho mas interessante. Quando estive na Espanha, em meio a uma discussão acalorada com meu amigo Miquel sobre o domínio do Islã da Andaluzia, a política europeia, etc ele me falou do filme. Então hoje sentei na frente da tevê e apertei o play.

Agora que o filme acabou, o play do meu cérebro foi acionado. Será que aquilo que dizem no filme é verdade? Será que o que nos dizem os meios de comunicação é verdade? Em quem acreditar? Ou será que é preciso acreditar em algo daquilo? Tenho certeza que as pessoas seriam mais felizes sem religião, por isso a primeira parte eu assimilei bem. Na segunda parte eu comecei a questionar tanto o filme quanto o governo Bush. Mas conspirações abundam. E quando eu morava em Dubai muita gente dizia que os ataques de 11 de Setembro foram ideia dos lobistas judeus nos EUA. Será? E o tal to Carlyle Group? Bem, veja o filme e depois a gente conversa. Eu prefiro desligar a televisão durante o noticiário pois também acho que com um pouco de “ignorância” dos fatos a gente pode ser um pouco mais feliz.

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Coitadinhas

Imaginem que nem as peruas se salvam nesta crise. Com a falência de grandes bancos, demissões em massa e falta de bônus, as mulheres do pessoal de Wall Street ou da City of London estão “sofrendo”. Na Economist, uma reportagem fala que houve um aumento astronômico no número de divórcios desta “classe”. E agora um blog escrito pelas “sofredoras” vem fazendo sucesso. É o Daba Girls. Para quem gastava U$ 800 num par de sapatos, deve ser complicado mudar de hábitos.

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Você usaria Botox ou faria Carbox?

Cada vez que entra um cliente novo na “casa” a gente procura saber a opinião de diversas pessoas sobre o universo do cliente. Para isso, a gente normalmente organiza um café-da-manhã no Oli Gastronomia e convida gente que gosta de conversar. Desta vez a discussão girou em torno de Medicina Estética. Fazemos perguntas, incitamos discussões e anotamos tudo. Seria uma versão Pulp de um “focus group”. A gente chama isso de Stammtisch, para ter o glamour de uma palavra alemã que descreve o evento perfeitamente, sem ter grades explicações. Igual a tantas palavras alemãs como Zeitgeist, Angst, etc.

Aqui vão algumas fotos de nossa conversa informal sobre Botox, Carbox, pílulas, plástica and so on.

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pulpPolêmica

Você viu que o Shopping Curitiba liberou o acesso a animais de estimação? Vínhamos trabalhando com eles esta possibilidade e os incentivamos a liberar. Agora deu notícia e estão todos falando sobre o assunto! Clique no link abaixo para ver a reportagem na RPC e deixar seu comentário de apoio ao nosso cliente!

Reportagem RPC

A Lulú agradece!

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Criar com palavras

Adoramos uma nova ferramenta que descobrimos na net. Chama-se Wordle. Você joga um texto e clica em “go”. A ferramenta transforma as palavras em uma nuvem de tags. Dá para mudar cor, fonte, etc. Muito bacana. A Andrea fez um wallpaper para o Mac dela com a letra do Enjoy the Silence, do Depeche Mode e ficou bem bacana. Eu joguei os tags do pulp pílulas e ficou assim:

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Arte brasileira a todo vapor

Não é só Beatriz Milhazes que conquista cada vez mais espaço fora do país com suas telas multi-coloridas. By the way, ela terá uma mega-hiper-cool exposição ainda neste ano na Fondation Cartier de Paris. Toda a fachada de vidro do edifício será pintada por ela.

Bem, outro artista que tem aparecido bastante nas revistas de arte que temos lido se chama Ernesto Neto. Suas obras são…interessantes. Os sputniks da arte devem estar gostando. São coisas penduradas do teto, com preenchimento. Não sei explicar direito, por isso as imagens abaixo valem mais do que mil palavras.

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Balanço 2008

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Parando e pensando, foi um ano hiperativo! Estivemos em mais de 15 cidades globais, escrevemos 24 reports de tendências gerais e 8 customizados. Demos palestras. Fomos a palestras. Fizemos filmes. Ganhamos novos clientes e mais uma filha. Éramos 3 em janeiro, somos 5 em dezembro. Ufa! O melhor de tudo é que 2009 promete ser ainda melhor, com ou sem crise global.

Deixamos aqui beijos e abraços. Desejamos ótimas festas para todos. Voltamos no dia 12 de janeiro com todo gás.

Plinking, Tesarac e Nexialismo

Gente, desculpa! Escrevi este post logo após o Forum de Marketing e esqueci de publicar. Estava nos rascunhos.

Aqui vão as explicações dos termos:

1) plinking é a habilidade que a TV Digital ou pela internet dão ao espectador. Qualquer item visto no filme, novela ou seriado pode ser “comprado”. Basta colocar o mouse sobre o vestido da atriz, por exemplo, para saber de que marca é quanto custa, onde comprar ou comprar online. Pode servir também apenas para passar mais informações sobre o que se vê. Um mouse na mão e um cartão de crédito na “cabeça”.

2) tesarac é como se chama um período em que as velhas regras, conceitos e idéias já não servem mais para a atualidade mas as novas soluções ainda não estão em prática pois ainda não foram elaboradas. Em resumo, é quando o mundo anda mais rápido do que a gente consegue acompanhar. Aconteceu no Renascimento, depois na Revolução Industrial e acontece agora. Segundo Walter Longo, se a indústria automobilística tivesse evoluído na velocidade da indústria da telecomunicação, uma Mercedes Benz hoje custaria U$ 0,25 e andaria na velocidade da luz.

3) nexialismo é a tendência que se contrapões ao especialistas. Nos dias de hoje, um especialista se limita a opinar sobre um tema. Os nexialistas são generalistas, que não dão as respostas mas buscam encontrar o nexo nas informações. Algo parecido com a Pulp. São pessoas bem informadas e antenadas que apresentam um pouco de ordem no caos. A partir disto fica mais fácil buscar soluções.

Livros para o verão (que acabou de chegar)

Para quem gosta de ler, seguem algumas sugestões para as férias de final de ano. Eu, leitor compulsivo que sou, devoro tudo.

Saga Lusa, de Adriana Calcanhotto é hilário. Ela foi para uma turnê em Portugal, tomou um golpe de ar, ficou meio gripada e deram uns remédios estranhos para ela. Por isso ela ficou muitos dias sem conseguir dormir. Na pira da insônia ela escreveu o livro. Quem é meio surtado vai se identificar com a história.

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Arrumando as malas de Danuza Leão: ideal para quem vai estar na praia (talvez abaixo de chuva) mas gostaria é de estar na Europa. Leiturinha fácil e fútil mas deliciosa. Dá vontade de comer os tapas de Sevilha, de visitar as lojas de Paris e andar de Vespa na madrugada de Roma. Ah, e também de dar um soco na Danuza.

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Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, do sueco Stieg Larsson, é o primeiro de uma trilogia chamada de Millennium. Sucesso absoluto de vendas na Suécia, França e resto da Europa, ele agora chegou no Brasil e Estados Unidos. Estou viciado na história. Sabe aqueles livros de mistério e intrigas que a gente faz de tudo para economizar as páginas afim de prolongar o prazer mas é quase impossível de largar? Recomendo para quem gosta de quebrar a cabeça. Outro livro que nos dá vontade de arrumar as malas e passar uma temporada em Estocolmo! O problema é que vai demorar para traduzirem os outros dois volumes.

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De qual Índia estamos falando?

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O meu irmão Raul e o Gui, irmão da Pati, já foram para Índia algumas vezes. Eles adoram ficar em hotéis baratinhos, cheios de baratinhas pelo chão. Andam de trem na terceira classe e acham lindo se misturar com o povaréu para sentir a “verdadeira Índia”. Tudo bem, cada um gosta de uma coisa diferente na vida.

Eu e a Pati também adoramos a Índia, mas da parte que dá certo. Gostamos das lojas descoladas de Apollo Bunder em Mumbai, dos apartamentos em Malabar Hill, dos shoppings de Gurgaon, dos call centers de Bangalore e dos estúdios de Bollywood.

São dois países bem diferentes. Mais diferentes do que os extremos do Brasil. Imagine uma vaca dentro do Shopping Cidade Jardim!

Escrevi este post porque acabei de ler um livro de Aravind Adiga, chamado de Tigre Branco. Ele fala destas duas Índias. É interessante ler as opiniões de um indiano sobre seu próprio país. Em muitos aspectos se parece bastante com o Brasil. O livro ganhou o Booker Prize deste ano e vale a pena. Já saiu no Brasil.

Pulp International

Depois de nossa “ajuda” à Cruz Vermelha de Boston, a Pulp foi para Paris. Na newsletter deste mês, enviada a todas as empresas clientes da Carlson Wagonlit, a foto da capa é da Pulp. Foi tirada em Seul, na Coréia do Sul, quando estive lá em 2006.

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O futuro da propaganda na TV

Lembra da época em que um anúncio na Novela das 8 ou no Jornal Nacional atingia 90% da audiência? Bem, acabou faz tempo. E com a difusão da TV digital, onde os programas serão gravados em um HD para serem assistidos mais tarde, com FFW total nos anúncios, parece loucura investir dinheiro nesta mídia.

Mas um estudo o Boston College mostrou que, quando o telespectador faz FFW durante os comerciais, ele presta atenção na tela, para ver quando é hora de apertar o play outra vez. Muitos identificam os comerciais e os assistem em FFW, pegando informações subliminares.

Pronto, encontraram uma solução. É só produzir anúncios que façam sentido quando vistos em FFW, sem som, claro. Se a marca estiver no centro da tela, a eficácia é perfeita.

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Dois novos presidentes

Obama ainda não assumiu a Casa Branca mas já está trabalhando como se fosse o presidente. Seus comunicados saem do “escritório do presidente eleito”, como se estivesse falando de dentro do Pentágono. É que há pressa. São muitos problemas “cabeludos” a serem solucionados. O interessante de tudo isto é a transparência. Qualquer um pode acessar as informações e dar opiniões no site Change.gov. Seria esta uma presidência 2.0?

picture-27Enquanto isso, do outro lado do planeta, um novo presidente tem novas idéias também. Recém eleito para o cargo nas Ilhas Maldivas, Mohamed Nasheed precisa solucionar o problema do aumento do nível dos mares. As 1.200 ilhas que formam este minúsculo país de 370 mil habitantes no Oceâno Índico são inundadas cada vez com mais frequência. A idéia é usar o dinheiro arrecadado com o turismo para comprar terras em um país mais “seco” e transferir a população para lá ao longo dos anos. No dia em que a última ilha for submersa, as Maldivas vão estar em outro lugar. Mas onde?

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Vicente Frare e Carrie Bradshaw

Carrie Bradshaw, o personagem de Sarah-Jessica Parker na série Sex and the City escrevia aquela coluna sobre sexo nas ruas de Nova York. No final de cada nota ela tinha a frase Carrie, que era: “I cannot help but wonder…”

Resolvi me apropriar de suas técnicas “escrevinhadoras” e terminar meus posts com uma catch phrase, que será: “Deixo a pergunta no ar…

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– After a whole day shopping with my girl friends at Barneys I cannot help but wonder; is black the new green?

Save the best for last

No Forum de Marketing de Curitiba 2008, Walter Longo foi o último a falar. Que bom, assim deram 15 minutos extras para ele terminar. Se ele ficasse falando até as nove acredito que muita gente teria ficado para ouvir. O cara é o Cara.

Ele usou um conceito pulpsalsa para a sua palestra. Foi ilustrando seus conceitos com imagens e cases de ações diferenciadas que estão explodindo mundo afora. E introduziu termos novos no meu vocabulário como Plinking, Tesarac e nexialismo.

Mas hoje estou cansado depois de absorver tanta informação. E ainda tenho um casamento, onde vou estreiar o meu terno novo. Aproveito para fazer um teste e ver quanta gente realmente lê este blog. Se quiser saber o que é plinking, tesarac ou nexialismo; antes de buscar no Google, deixe um comentário aqui que eu prometo esmiuçar os conceitos.

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By the way, se você não deixar comentário e for pro Google, é esta foto que tem lá para descrever tesarac.

O truque velho ainda é usado

Gente, no meio da palestra do Ricardo Guimarães, ele teve que ser interrompido. Achamos que o mestre de cerimônias estava sendo indelicadamente grosseiro em lembrar Ricardo que o tempo de fala estava esgotando. Mas não era isso. Pediram para uma tal de Amanda comparecer à recepção. E o suspense ficou no ar.

Na verdade ligaram para a família dela dizendo que ela tinha sido seqüestrada e que estava no cativeiro. Claro que a mãe dela, desesperada, ligou na hora para a organização do evento. Ainda bem que a Amanda levantou e foi acalmar a mãe dela. Mas fica a pergunta: até quando seremos reféns destes merdas que passam estes golpes?

Deixo a pergunta no ar…

O branding inspirador de Ricardo Guimarães

Este sim um verdadeiro guru por ter um discurso altamente inspirador. O que ele falou deve ter chocado muitos CEOs e gerentes no teatro.

O mundo mudou.

Tudo o que a gente aprendeu na Universidade não vale mais, por isso perdemos parte da autoridade.

Vivemos em uma cama elástica. O pulo de uma pessoa afeta o balanço de todas as outras. Precisamos estar constantemente nos equilibrando para não caírmos.

A comunicação transformou-se em interação.

A inovação só nasce através da crítica. Deixe que os consumidores te critiquem. É o melhor presente que eles podem te dar!

O discurso dele está bem em sintonia com o pessoal do NBC 08 em São Paulo.

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Rafael Sampaio?

Peço mil desculpas pelo indecoro mas não entendi a fala do Rafael Sampaio no Forum de Marketing 2008. Na verdade, acho que nem todo mundo prestou atenção. Ele apenas leu a enormidade de letras, regras e bullet points que tinha preparadao. Nada contra ele, mas me pareceu que sua fala era totalmente microsoft em uma era google. Nada a ver com o que ele escreve no blog dele ou na revista About, que por sinal vale a pena ler.

Tudo bem que a ABA protege os interesses dos anunciantes. Mas acho que ela precisa de uma metamorfose para sobreviver o Google, o iPhone, o Twitter, o Facebook, o Orkut etc. Isto sim seria proteger os interesses dos anunciantes. Qual a eficiência dos 30 segundos na hora da novela?

Talvez a melhor palavra para ser usada seja AINDA. Os anúncios convencionais AINDA são feitos. Alguns são eficazes. Muitos são desperdício de “marketing dollars”, como diria o vovô Kotler. AINDA há um mix de distribuição de verbas entre as mídias tradicionais e as digitais. Mas agora vamos aos hard facts:

2008: Na Suécia os gastos em publicidade convencional são bem menores do que os da internet.

2009: o mesmo acontecerá no Reino Unido.

Será que AINDA dá para ficar fazendo APENAS anúncios para o horário nobre? Lembrem-se do caso da italiana Olivetti, que quase morreu. A empresa acreditava que produzia as melhores máquinas de escrever do mundo. Acreditou tanto e aprimorou tanto que, no dia que a última máquina de escrever foi sepultada eles quase foram juntos para a cova.

Outra história é a da Kodak, que levou todos aqueles laboratórios de revelar negativos em 1 hora que tinham na Europa e nos EUA para a China acreditando que lá o mercado, que seria mais “atrasado”, daria para eles enormes lucros. Nem preciso dizer que as tais máquinas devem ter virado lixo industrial em Chongqing.

Deixo as perguntas no ar…

e Rafael, desculpa a crítica. Você é muito mais do que a sua palestra!!!

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Philip Kotler em Curitiba e o Zmet

Na palestra de Philip Kotler hoje cedo algumas coisas me surpreenderam. Estamos em um evento de marketing e, em teoria, pessoas antenadas deveriam estar entre a platéia. Claro que havia muita gente bacana e que faz coisas novas e interessantes na comunicação em Curitiba. Mas onde estavam os blogueiros? Os twitteiros? Será que os geeks não se interessam por Kotler?

Talvez não. E este é o grande paradigma da comunicação atual. Kotler é o guru de muita gente, principalmente quem está hoje em posições altas em grandes empresas. Ele é um profundo conhecedor das técnicas de marketing e revolucionou tanto e ensino quanto o estudo desta “ciência”. Mas senti um pouco de “desconexão” com o mundo atual, que tem andado muito mais depressa do que o guru.

Começou falando dos BRICs (todo estrangeiro que vem dar palestras adora falar dos BRICs). Disse que a China é a fábrica do mundo, a Índia é o escritório do planeta. E o Brasil? Segundo ele, somos a fazenda do planeta. Estaremos condenados a ser apenas os fazendeiros globais?

Em seguida disse que o Brasil precisa criar marcas globais. Alguém contou para ele da presença do Grupo Positivo no exterior? E a Ambev? Vale? Havaianas? Grendene? Odebrecht? Petrobras? Perdigão? Sadia? Itaú? TAM? Rede Globo? Gerdau? Klabin? Natura? Boticário? Embraer? Votorantim? Friboi? Florense? Artefacto? Vicunha? Tigre? Santista?

Bem, ele mencionou a Varig.

Falou também que agora as empresas podem fazer tele-conferências e até mesmo colocar os comerciais no YouTube ou criar um blog.

Ok, ok. Talvez eu esteja sendo muito crítico. Afinal ele também falou da importância das novas mídias, do marketing passar a ter um papel fundamental nas empresas, do fundamental que são as “conversas” sobre os produtos, de criar buzz, etc.

O mais interessante foi o tal do Zmet. Isto é onde entra a Pulp. Zmet, traduzido para português fica mais ou menos como Técnica de Evocação de Metáforas de Zaltman (o tal do Z). Consiste em fazer que as marcas tenham atributos psicológicos, inconscientes, cognitivos. São as coisas que ninguém sabe explicar direito o porque tal marca é mais “cool” do que a outra.

Vou almoçar porque à tarde tem mais.

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Cartões de visita com conteúdo

Somos viciados em conteúdo. Tanto que nossos cartões de visita vêm com dicas selecionadas no verso. Sempre fazemos poucos cartões para podermos mudar sempre. A cada reunião, deixamos com as pessoas um pouco do que gostamos.

Desta vez cada um de nós três escolheu o tema de seu cartão. Eu escolhi 5 livros imperdíveis. A Fer escolheu 5 mercados bacanas ao redor do mundo e a Pati indicou as 6 comidas de rua que ela mais gosta.

Curioso? Marque uma reunião com a gente!

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Que bom que o inverno chegou

Já estava na hora do inverno chegar a Curitiba. Adoramos acender as lareiras, comer fodue, usar cachecol. Nossa cidade é tão européia que as estações aqui acontecem em sintonia com a Polônia. Faz uns dois meses que a cidade está coberta por nuvens espessas, com um clima bem londrino, ou melhor, irlandês (dizem que chove mais em Dublin do que em Manchester).

Duas invenções que nossos coolhunters nos passaram por email são ideias para esta época do ano. Uma é um “sofá-prateleira” e a outra são gavetas nos degraus das escadas, ideais para as meias grossas e as pantufas.

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