Philip Kotler em Curitiba e o Zmet

Na palestra de Philip Kotler hoje cedo algumas coisas me surpreenderam. Estamos em um evento de marketing e, em teoria, pessoas antenadas deveriam estar entre a platéia. Claro que havia muita gente bacana e que faz coisas novas e interessantes na comunicação em Curitiba. Mas onde estavam os blogueiros? Os twitteiros? Será que os geeks não se interessam por Kotler?

Talvez não. E este é o grande paradigma da comunicação atual. Kotler é o guru de muita gente, principalmente quem está hoje em posições altas em grandes empresas. Ele é um profundo conhecedor das técnicas de marketing e revolucionou tanto e ensino quanto o estudo desta “ciência”. Mas senti um pouco de “desconexão” com o mundo atual, que tem andado muito mais depressa do que o guru.

Começou falando dos BRICs (todo estrangeiro que vem dar palestras adora falar dos BRICs). Disse que a China é a fábrica do mundo, a Índia é o escritório do planeta. E o Brasil? Segundo ele, somos a fazenda do planeta. Estaremos condenados a ser apenas os fazendeiros globais?

Em seguida disse que o Brasil precisa criar marcas globais. Alguém contou para ele da presença do Grupo Positivo no exterior? E a Ambev? Vale? Havaianas? Grendene? Odebrecht? Petrobras? Perdigão? Sadia? Itaú? TAM? Rede Globo? Gerdau? Klabin? Natura? Boticário? Embraer? Votorantim? Friboi? Florense? Artefacto? Vicunha? Tigre? Santista?

Bem, ele mencionou a Varig.

Falou também que agora as empresas podem fazer tele-conferências e até mesmo colocar os comerciais no YouTube ou criar um blog.

Ok, ok. Talvez eu esteja sendo muito crítico. Afinal ele também falou da importância das novas mídias, do marketing passar a ter um papel fundamental nas empresas, do fundamental que são as “conversas” sobre os produtos, de criar buzz, etc.

O mais interessante foi o tal do Zmet. Isto é onde entra a Pulp. Zmet, traduzido para português fica mais ou menos como Técnica de Evocação de Metáforas de Zaltman (o tal do Z). Consiste em fazer que as marcas tenham atributos psicológicos, inconscientes, cognitivos. São as coisas que ninguém sabe explicar direito o porque tal marca é mais “cool” do que a outra.

Vou almoçar porque à tarde tem mais.

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