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Em novembro de 2013 fui com uma amiga para Jerusalém e Tel Aviv. Foi uma viagem rápida, ficamos 3 dias em cada cidade, mas deu para aproveitar bastante. São dois destinos muito próximos e infinitamente diferentes. Recomendo ambos. Não foi a primeira vez que estive por lá. Na verdade, essa foi a minha 4a vez em Israel. Já conhecia Belém, o Mar Morto, Massada, a Galileia, o rio Jordão, Haifa, Eilat e o Negev. Por isso deu para ir tão rapidinho, já que o que eu mais queria era rever a Cidade Antiga de Jerusalém e curtir as ruas de Tel Aviv.
Antes da viagem, li dois livros e assisti a dois filmes bem interessantes, que recomendo para quem está interessado no lugar. A “Biografia de Jerusalém” de Simon Sebag Montefiore, é bastante completa, apesar de um pouco densa e longa. Deveria ter tomado algumas notas ao longo da leitura, para ficar mais fácil de lembrar das coisas que vi por lá. Já o “Crônicas de Jerusalém”, de Guy Delisle, é um livro de história em quadrinhos de um ilustrador canadense que morou na cidade com a família. Ele conta sobre as idiossincrasias locais, com muita informação e um olhar bem crítico. Sendo sincero, recomendo mais o livro ilustrado do que a biografia (a não ser que você seja ávido por informações e por história).
Os filmes foram “Paradise Now” e “The Bubble”. Seguem os trailers:
JERUSALÉM
Do aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv, até Jerusalém dá mais ou menos uma hora. Fomos de sherut, uma van que funciona como lotação. É bem barato e deixa no endereço que você quiser. Basta seguir os sinais na saída da área de desembarque do aeroporto. Acho que pagamos 60 shekels para os dois (cerca de 20 dólares).

Guarde com você esse papelzinho dado na entrada, que substitui o carimbo do passaporte e é recolhido na saída
Nos hospedamos no Dan Boutique Hotel. Queria ter ficado no Mamilla, mas a diferença de preço era bem grande. O Dan Boutique não é ruim, mas não é um hotel-butique per se. O café da manhã é excelente e uma caminhada até o Jaffa Gate dá uma meia-hora (é um sobe e desce enorme). É mais fácil ir de táxi. O ruim do hotel é que é um pouco barulhento (as camareiras passam aspirador de pó nos corredores às 8 da manhã e acordam todo mundo). Neste momento me arrependi de não ter bancando a diária do Mamilla (até porque ele fica colado à Cidade Antiga). Outros dois hotéis bacanas são o King David e o American Colony, sendo que em 2014 vai inaugurar o Waldorf-Astoria. Ah, o David Citadel é do mesmo grupo do Mamilla e tão exclusivo quanto. Acho que vai ser nele que ficarei da próxima vez.
No primeiro dia, passamos explorando as ruas e monumentos dentro das muralhas. Andávamos meio sem rumo, topando com o Santo Sepulcro, o Muro da Lamentações, a David Street, cheia de lojinhas. O suco de romã espremido na hora é um must. Doce e saudável. Custa uns 10 shekels. A cidade é cheia de cafés e restaurantes. Tudo meio apertado, mas cheios de caráter. Fomos no Armenian Tavern (perto do Jaffa Gate) e comemos bem.
Ficamos horas na fila para entrar na Al Aqsa (a mesquita do domo dourado) e fecharam a porta bem na nossa cara. É preciso passar por um check-point e leva horas. Só que realmente, às 13h30 fecha e não importa que a fila dava voltas no quarteirão. Saindo pelo Jaffa Gate à esquerda, tem a Mamilla Avenue que é um shopping a céu aberto, com lojas bacanas, ambiente bem limpo e sofisticado (quase Disney) e vários bares e restaurantes. Fomos ao Mirror Bar e ao Rooftop Bar do Mamilla, mas estavam meio vazios. Optamos por voltar à Mamilla Avenue e comer no Herzl Grill.
No outro dia fomos caminhar pelo bairro ultra-ortodoxo de Mea Shearim. Comemos um sanduíche de falafel maravilhoso numa biboca local. Depois fomos ao mercado Machane Yehuda e foi um espetáculo sensacional. Adoro comidas e temperos e este mercado é de alucinar. Tem de tudo. E é cheio de restaurantes junto com as barracas de frutas, verduras, temperos, azeite de oliva, halwa etc. Ali perto fica o restaurante mais bacana da cidade, chamado Machneyuda (vale a pena reservar lugares no balcão e ir para o jantar). Comida boa e diversão garantida. Outro ali pertinho que não experimentei, mas entrei e curti o ambiente chama-se Jacko’s Street.
Antes de irmos para Tel Aviv, fomos ao Monte das Oliveiras. Pegamos um taxi do hotel até o topo do monte e descemos a pé. A vista da Cidade Antiga é linda e há vários pontos turísticos ao longo da caminhada morro abaixo. Note que o Monte é um enorme cemitério. Em Jerusalém, cada pedra tem um significado. Cada canto conta milhares de anos de história. É um lugar denso, que provoca discussões, que emociona e revolta ao mesmo tempo. Mas é seguro e exige bom preparo físico. Quero voltar para visitar o Yad Vashem, voltar ao Mahane Yehuda e tentar entrar na Al Aqsa.
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Excelentes dicas ! Em setembro estarei lá . Obrigado . Fernandes