Peço mil desculpas pelo indecoro mas não entendi a fala do Rafael Sampaio no Forum de Marketing 2008. Na verdade, acho que nem todo mundo prestou atenção. Ele apenas leu a enormidade de letras, regras e bullet points que tinha preparadao. Nada contra ele, mas me pareceu que sua fala era totalmente microsoft em uma era google. Nada a ver com o que ele escreve no blog dele ou na revista About, que por sinal vale a pena ler.
Tudo bem que a ABA protege os interesses dos anunciantes. Mas acho que ela precisa de uma metamorfose para sobreviver o Google, o iPhone, o Twitter, o Facebook, o Orkut etc. Isto sim seria proteger os interesses dos anunciantes. Qual a eficiência dos 30 segundos na hora da novela?
Talvez a melhor palavra para ser usada seja AINDA. Os anúncios convencionais AINDA são feitos. Alguns são eficazes. Muitos são desperdício de “marketing dollars”, como diria o vovô Kotler. AINDA há um mix de distribuição de verbas entre as mídias tradicionais e as digitais. Mas agora vamos aos hard facts:
2008: Na Suécia os gastos em publicidade convencional são bem menores do que os da internet.
2009: o mesmo acontecerá no Reino Unido.
Será que AINDA dá para ficar fazendo APENAS anúncios para o horário nobre? Lembrem-se do caso da italiana Olivetti, que quase morreu. A empresa acreditava que produzia as melhores máquinas de escrever do mundo. Acreditou tanto e aprimorou tanto que, no dia que a última máquina de escrever foi sepultada eles quase foram juntos para a cova.
Outra história é a da Kodak, que levou todos aqueles laboratórios de revelar negativos em 1 hora que tinham na Europa e nos EUA para a China acreditando que lá o mercado, que seria mais “atrasado”, daria para eles enormes lucros. Nem preciso dizer que as tais máquinas devem ter virado lixo industrial em Chongqing.
Deixo as perguntas no ar…
e Rafael, desculpa a crítica. Você é muito mais do que a sua palestra!!!